sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Início.

De repente me bateu a idéia de ter um blog, depois de muito tempo. Por que? Não sei. Apenas senti que estava preparado para começar tudo de novo, com a maturidade que eu talvez não tivesse a cinco anos atrás. Hoje eu sei escrever, falar sobre assuntos diversos e até fúteis, com a mesma gracilidade de discorrer sobre um tratado filosófico. Mas essa não é minha intenção hoje. Neste momento eu pretendo falar sobre o início de tudo. Principalmente da parte onde reinventar minha vida, através de rabiscos que tracei no meu caminho enquanto caminhava (é claro), parecia impossível. Mas não o era. Compreendi que todos os nossos começos têm sua importância, uns mais do que outros e por isso a difícil decisão de escolher sobre qual deles trazer à luz quase investigativa. E de quais inicios eu deveria falar então?

Bem, inicialmente (óbvio) eu tentei não usar jargões e nem clichês durante minha vida. Sempre pretendi ser um homem incomum, cheio de novidades interessantes e conteúdos saborosos. O problema é que quando me olhei no espelho, depois de tais veemente desígnios, descobri que "ser humano" não é transformar seu caráter num produto enlatado e rotulado que encontramos facilmente nas prateleiras de supermercado, ou como inédito ou como indissolúvel necessidade. O que me faltava era ser desmistificado e escapar do idiotismo mundano que muitas vezes nos acometemos sem perceber. Depois de 1/4 do século (ok, digamos, exagerados vinte e cinco anos) da minha vida foi inacreditável perceber que andei vinte e cinco mil quilômetros em horas intermináveis e parei no início de tudo, de onde havia começado a viver quando as concepções passaram a se tornar permanentes. Caiu a ficha. Fiz uma repescagem e recauchutei os pneus da existência que corriam no solo do destino como carros envenados e sem freio. O médico foi incisivo: "você precisa mudar seus hábitos". Que hábitos? Era inaceitável que depois de tantos anos dedicados à estudos minuciosos sobre a liberdade e devassidão aos olhos de um jovem poeta, tinha que realmente mudar meus hábitos. Ou seja, livrar-me do cotidiano vil e cheio de vícios e malefícios. A primeira coisa que fiz foi pegar todos os cigarros que tinha na gaveta do armário e lançá-los fora. Quase apanhei porque não fumo e o cigarro não era meu. Tudo vale para nos sentirmos melhor. Inclusive fazer dos dias uma piada de onde poderemos sempre arrancar sorrisos onde só a tristeza impera. Mesmo assim eu tinha que voltar ao marco zero de tudo que havia vivido até ali? Tinha. Era inescapável.

Na manhã seguinte ao meu aniversário de vinte e cinco anos descobri que cada dia é um novo recomeço e cada conquista (ou derrota não nos esqueçamos) levará nossas almas e corpos para um ponto de partida em dias inadiáveis, cheios de amanhãs e ontens, onde o presente é a estréia do enredo continuado da nossa vida. Concluí que este é realmente o meu verdadeiro início. Na verdade, agora é o fim (desculpem).

4 comentários:

Uma mulher na estrada. disse...

Um balanço da vida aos vinte e cinco... Adiantado, só fiz o meu primeiro aos trinta. De lá para cá percebo que sejam minhas escolhas boas ou ruins, certas ou erradas, nos capítulos da minha vida sempre há risos e lágrimas, sucessos e tropeços, no fim de tudo parece-me que sempre haverá empate, neste embate pela tão sonhada felicidade. Parabéns pelo blog.
www.elianadefreitas.recantodasletras.com.br

Unknown disse...

[i]eliel é muito bom esse seu livro ele é bem pornografico ahsuhaushau
brincadeira so os desenhos q sao ahsuhaushuahsua


mas continue com essa criatividade
o livro q vc fez ta muito bom mesmo

nunca deixe de acreditar em seus sonhos lute por eles pq nada cai do céu

beijos

Evandro dos Santos Oliveira disse...

ehh nada !!!!

Fico me perguntando como o autor sendo do sexo masculino consegue retratar uma história de uma personagem do sexo oposto como se fosse uma obra auto biográfica... o livro parece ser muito bom...
sucesso pra Ti Elieu

Dida

Tatyane Diniz disse...

Respondendo a pergunta de grafi... você assume a posição de alter-ego, e pra ser sincera somente pessoas com uma alma dotada de sentimentos é capaz de transformar a alma femina com tanta naturalidade. O seu livro é muito bom... gostei mesmo. Obrigado pelos elogios do meu blogguer. Fico feliz em saber que nosso trabalho como escritores podem crescer... O sonho é uma janela na qual queremos ver tudo ao nosso redor, com olhos atentos para viver nossa realidade!
Continua escrevendo e uma dia publica viu, quero comprar!!!
Um grande beijo!!!
Posso recomendar seu blogguer no meu?
beijos
Tatyane Diniz
www.quadrotdv.blogspot.com