Tristeza...
Minha história é triste. Talvez por conta de coisas que não fiz e deveria ter feito. Hoje sufoco meu choro no travesseiro. Afogo minhas angústias em cada banho pela manhã. Se te aceitei de volta ou bati a porta para sempre, não importa. Não mais. Eu estou infeliz porque não há sentido, nem em estar fazendo amor com quem ainda tento fazer amar mesmo que nunca me ame ou ao pagar caro pelo véu acinzentado que desnuda a prostituta.
Minha história é triste. Não sei cantar as músicas que adoro, nem esquecer as que me fazem lembrar das coisas que odeio. Se bebo café e acendo um cigarro, é apenas pra manter acordadas as idéias que teimam em sucumbir. Eu fujo de ti, do bosque, da cidade, da esquina da minha casa, da cama no meu quarto. Estou nu diante da janela. Por ela vôo pela madrugada. Viajo pelo desconhecido dentro de mim. Então te possuo, grito, choro, me culpo, me calo e volto a dormir nu.
3 comentários:
Ahhh que texto lindo! Simultaneamente simples e complexo...
Analisando, quem de nós não tem essa vida triste a qual vc se refere? Somente quem não experimentou o amor e todas as sensações que vêm com ele.E, cá entre nós, não serão essas as pessoas de real vida triste?
Beijos meu amigo lindo.
*Fer*
Amei seu texto, é belo, mas não tanto para mim pelo motivo que te falei...
Mas a cada texto seu que leio, fico mais encatanda com o poeta que tenho a honra de conhecer e apreciar suas obras ...
Beijos
Nossa Leozinho, é preciso se nutrir de sensibilidade num mundo composto por coisas passageiras demais para conseguir exprimir o que você expôs aqui. As palavas penetram, transformam delineam, se contrastam, revelam a alma humana...
Adoro a forma como denota suas palavras para um futuro tão presente. Sensação de melancolia e desabores tão presentes nos nossos dias. Não há quem nunca viveu isto.
Frêmito d'alma.
Lindo texto.
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